5 ações que promovem a redução de emissões de carbono

Por Time da B4 em

A seguir, apresentamos cinco ações que promovem a redução de emissões de carbono e que, portanto, podem ser transformadas em projetos de geração de créditos de carbono e, assim, fomentar potenciais novos negócios.

Manejo sustentável do solo

No Brasil, um dos setores com maior potencial de geração de créditos de carbono é o agroindustrial. Embora seja também um forte emissor, pode atuar no sentido da neutralização por meio do sequestro de carbono pela fotossíntese que ocorre durante o crescimento das plantas.

Incentivar projetos de fazendas de carbono, cujo valor é justamente manter a plantação de pé, em vez de colhê-la, tem sido uma saída para empresas que querem compensar suas emissões.

Outra estratégia importante e ainda pouco explorada para diminuir as emissões é a otimização do uso do solo para melhor aproveitamento da matéria orgânica.

Isso possibilita tornar a produtividade no campo mais eficiente, sem necessidade de aumentar a área cultivada, o que contribui para evitar o desmatamento – a derrubada de matas é a principal fonte emissora de carbono no país – 44% do total, segundo levantamento mais recente do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa – SEEG. Por isso, atividades que promovam a conservação de florestas em pé são relevantes para reduzir as emissões.

Substituição da matriz energética

Globalmente, o setor de energia é o principal emissor de gases de efeito estufa. Por isso, o alto consumo de energia pode ser um dos vilões contra a sustentabilidade em atividades industriais, especialmente quando ela é gerada a partir de fontes não renováveis, como combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral) ou que geram emissões, como as termoelétricas.

Por isso, a aposta global tem sido promover a eficiência energética e diversificar ou mesmo substituir a matriz energética com o uso de fontes renováveis, como ventos (energia eólica), as águas (hidrelétrica), a luz solar ou biomassa. Com menor impacto ambiental para instalação de usinas e disponibilidade potencialmente inesgotável, a geração desse tipo de energia produz zero emissões de carbono.

Logística reversa

Adotar a logística reversa, ou seja, viabilizar que consumidores possam devolver embalagens ou mesmo produtos usados à sua origem, é uma maneira de reduzir o descarte inadequado.

Outra vantagem desta iniciativa é facilitar o processo de reciclagem desses materiais, reduzindo custos e emissões de carbono da obtenção de matéria virgem para fabricação de novos produtos.

Gerenciamento de resíduos sólidos

Se o lixo produzido por indivíduos já é um problema, no caso das indústrias as proporções são muito maiores, inclusive no potencial de dano ambiental. Gerenciar a destinação dos resíduos industriais, seja para alguma forma de reaproveitamento ou destruição do rejeito (material tóxico ou perigoso sem alternativa de reintrodução na cadeia produtiva) significa obedecer à lei, mas também uma oportunidade de abordagem de ESG para gerar créditos de carbono.

No Brasil, as empresas precisam atender aos requisitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para preservar o meio ambiente e reduzir a demanda de aterros sanitários.

Mas acima disso, é um estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo, inclusive para o desenvolvimento de tecnologias e materiais com menor pegada de carbono.

Adoção do coprocessamento

Determinados resíduos industriais ou urbanos não oferecem possibilidade de reciclagem ou reaproveitamento, como pneus, filtros de motor, borras oleosas e até mesmo alguns produtos perigosos. No entanto, em vez de descartados, esses materiais podem ser utilizados como combustível para indústrias que necessitam de altas temperaturas (800º ou mais) em seus processos produtivos, como a fabricação de cimento.

O termo coprocessamento se refere à integração entre os processos de destruição de rejeito industrial e seu uso na fabricação de outros produtos, ao substituir outras matérias-primas para abastecer fornos de alta temperatura. Dessa forma, além de receber uma destinação adequada, o resíduo contribui para reduzir o uso de combustíveis convencionais, inclusive de origem natural, o que reduz suas emissões.

Impacto positivo das ações que geram créditos de carbono

Cada uma das 5 ações descritas aqui combina os pilares de ESG, uma vez que além do critério ambiental, visam a otimizar o atendimento à legislação e trazer resultados econômicos para as companhias. Essas iniciativas ajudam as empresas a reduzir sua pegada de carbono e trazem a possibilidade de gerar créditos de carbono que podem ser comercializados.Post navigation


1 comentário

A WordPress Commenter · Junho 6, 2024 às 3:34 pm

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