PL que regulamenta mercado de carbono deve “definir padrões mais claros de medição das emissões de CO2” segundo fundador da B4
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Odair Rodrigues, fundador da B4, já tinha um olhar otimista sobre a aprovação do texto, sobretudo com o ajuste do setor agropecuário, que movimenta um percentual muito grande do mercado de carbono.
Foi aprovado ontem (04), com unanimidade pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, sob relatoria da senadora Leila Barros, o Projeto de Lei 412, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), o chamado Mercado de Carbono. O texto, que segue agora para a Câmara dos Deputados, prevê que as atividades que emitem acima de 10 mil toneladas de gases de efeito estufa, devem fazer seus relatórios de emissões e aquelas que emitem acima de 25 mil toneladas precisarão fazer alguma compensação. Além disso, o projeto realizou ajustes para o setor agropecuário que, ainda assim, precisará medir sua pegada de carbono.
Dentro deste cenário, a B4, primeira bolsa de crédito de carbono do Brasil, comemora, já que as empresas precisarão medir a sua pegada de carbono para resolver o problema do clima e auxiliar na desaceleração das mudanças climáticas. “Com a regulação do mercado, a definição dos padrões de verificação e medição das emissões de gases do efeito estufa serão ainda mais eficientes e ainda mais claras. Isso é muito importante para que não ocorram duplicações ou mesmo a tentativa de vendas falsas de crédito de carbono”, diz Odair Rodrigues, fundador da empresa.
De acordo com dados do Relatório Anual da CCS Brasil, o país possui potencial de capturar cerca de 200 milhões de toneladas de carbono por ano, número que representa 12% de todas as emissões do país. Além disso, temos em nosso solo a Floresta Amazônica, que também nos dá a possibilidade de sermos compensados pela preservação.
“Devido o potencial que o Brasil tem de apoiar projetos sustentáveis, sobretudo por conta da nossa floresta e da biodiversidade, temos a possibilidade de atrair investimentos e ainda gerar empregos em setores como o de energia renovável e mesmo eficiência energética, por exemplo. Quando falo em apoiar projetos sustentáveis, me refiro ao fato de que as empresas que possuem em sua meta global a redução do impacto de carbono, investindo em projetos sustentáveis, elas também terão lucros”, aponta o fundador da B4.
Com a regulação do mercado de carbono no Brasil, teremos dois mercados: o voluntário e o regulado, que vai tratar principalmente dos grandes poluidores. Para o mercado voluntário, os créditos de carbono são um negócio promissor. E é nesse cenário que a B4 se destaca com a proposta de atuar como facilitadora na negociação de ativos.
Por meio da tecnologia do Blockchain, a B4 apresenta uma solução que tokeniza os ativos, ou seja, faz com que os registros de crédito de carbono sejam imutáveis, evitando a duplicidade dos créditos e garantindo um ambiente transparente e seguro.
“A B4 surge exatamente com o propósito de atuar como uma facilitadora neste mercado de crédito de carbono, que é extremamente valioso e está crescendo com muita força, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Nossa expectativa é de que a empresa movimente até R$ 12 bilhões em crédito de carbono no primeiro ano. Por isso, a regulação nacional deste mercado é muito importante para nós e também para todas as empresas e órgãos realmente preocupados com a sustentabilidade global”, concluiu Odair Rodrigues.
Sobre a B4
A B4 é a primeira bolsa de ação climática brasileira, que oferece um ambiente seguro, imutável e inclusivo, onde as transações podem ser rastreadas em tempo real. A B4 contribui para a mitigação dos impactos ambientais, promovendo a sustentabilidade e oferecendo uma solução confiável para os participantes do mercado de créditos de carbono.
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Imprensa: press@starten.global | gabriela@pautei.com
Site institucional: https://b4.capital/
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